Saudade da flor
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Sim, a saudade doi
Doi como o fio da navalha
Entorpece a alma
E enche o peito
A saudade dói
Entra fulminante nos sonhos
E escorre pelos olhos
A saudade dói sim
Crava espinhos na pele
Cresce no calendário
Marcado com o nome da saudade
A saudade dói muito
Na música e no ar
No perfume deixado no livro
Nas palavras e nas marcas
A saudade dói
Como o sopro costurado no coração
Amenizada no tempo
Cicatriza um vazio
Saudade fica
Termina num abraço
Do outro lado da vida
Saudade se vai
Com um beijo apertado
Um sorriso molhado
E um olhar radiante
A saudade só aumenta...
A flor que voou com o vento
Pegou carona na estrada do reconhecimento
Seguiu seus passos
Deixou um pedaço no firmamento...
1 comentários:
Como sempre otimos poemas
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