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O Poeta

Posted by Breno Marqs

Em algum lugar escondido vive o Poeta. Solitário como a maioria dos trovadores. Ele vive no meio do nada, lugar esse, que é de costume ser habitado por milhares de pessoas como ele. Todas as noites vai ao encontro da lua e das estrelas, tentar encontrar alguns versos perdidos no breu da madrugada. Escreve com os olhos encantados pela luz do luar, vaga-lumes se confundem com as estrelas, numa imensidão de pontos luminosos que lhe surgem durante sua empreitada.

O Poeta brinca com os sonhos, rabisca rimas sobre um papel velho e amarelado pelo tempo. São rimas simples que ele busca dentro do seu peito aberto e costurado. Mas aí vem uma dúvida, quem foi que resolveu abrir-lhe o peito e depois costurá-lo? Vá saber o porquê Deus quis assim... suas poesias são encantadas de pensamentos, lidas pelo anil de seus olhos escurecidos pelas longas olheiras oferecidas pelo relógio.

O trovador de sonhos conta histórias em versos feitos com o mais adocicado sabor da História. Cavaleiros e princesas passam longe... as batalhas declamadas por espectros são travadas aqui mesmo no meio do vazio da penumbra em que vive. Os versos que compõe em seus ouvidos relatam a verdade para o seu ser, procura perceber a soberana cor do universo que ronda ao seu redor.
(...)

Desencontros

Posted by Breno Marqs

O que são os desencontros?
São encontros no pensamento?
São valores de uma amizade há tanto esquecida?
Desencontros já falaram, são também despedidas...

Não importa o desencontrar
Mas a verdade o que vale a pena é se encontrar
Encontrar que seja numa melodia doce de um realejo
É querer reaver a vontade de um abraço que se perde no meio infinito

Mas a vida é assim
Cheia de desencontros
A internet que deixa mais próximo
É na verdade uma forma de esquecer que o longe está aqui

Não vejo os olhos pelo desencontro
Não interpreto emoções pela web
Não sinto o calor de braços e abraços
E o gosto de um beijo por uma caixa eletrônica

Afinal? Onde estão hoje os encontros
Porque o que vejo não passam de desencontros
Desamparos amparados pelo ontem
E o que resta é apenas o frio de uma tarde de domingo...