RSS Feed

Sina Nossa

Posted by Breno Marqs

Mia senhora,
És de lua e beleza
És um pranto do avesso
És um anjo in verso
Em presença e peso
Atrevo-me atravesso
Pra perto do peito teu

Teu sagrado e tua besteira
Teu cuidado e tua maneira
De descordar da dor
De descobrir abrigo
Entre tanto amor
Entretanto a dúvida
A música que casou
Um certo surto que não veio

Há uma alma em mim,
Há uma calma que não condiz...
Com a nossa pressa!
Com resto que nos resta
Lamentavelmente eu sou assim...

Um tanto disperso
Às vezes desapareço
Pois depois recomeço
Mas antes me esqueço

Nossa sina é se ensinar...
A sina nossa é...
Nossa sina é se ensinar...
A sina nossa...

Minha senhora diz:
Bons ventos para nós
Para assim sempre
Soprar sobre nós...

(O Teatro Mágico)

Ode lunar

Posted by Breno Marqs

Ó lua bela e prateada
Fonte de luz
Inspiração dos poetas e insones
Leva contigo o meu pranto
E deixe pra mim seu encanto
Desafine a minha voz
E alinhe os meus traços
Ó lua que ostenta o firmamento
Astro mãe
Lenda de mistérios
Sozinha na imensidão
No cosmo estelar
Reina soberana
Faz do desejo a realidade
Ó lua de São Jorge
Abrigo do dragão
És tu que entende a dor dos apaixonados
Que guarda os mais escuros segredos
Que ilumina o caminho do andarilho
Nas escuras madrugadas...

Eu não sou Chico mas quero tentar

Posted by Breno Marqs

Eu não vou louvar valores,
Dos nossos amores as dores eu não vou contar,
O peito trajado de dores
A boca tragando rancores
E a dúvida não será onde chegar.
Brincando de ser e estar apenas,
Eu não sou Chico mas quero tentar
Mais cenas, dezenas, centenas, sentadas, safadas, saradas, sanadas, sapatas, perdidas, famintas, gigantes, pequenas

Eu não vou levar rancores
Dos nossos amores as cores eu não vou pintar,
O peito trajado de flores
A boca tragando sabores
E a dúvida não será onde chegar.
Brincando de ser e estar apenas,
Eu não sou Chico mas quero tentar
Mais cenas, dezenas, centenas, sentadas, safadas, saradas, sanadas, sapatas, perdidas, famintas, gigantes, pequenas

As nossas condutas tão putas não valem a pena
Que pena, eh, que pena
As nossas condutas confusas nos tiram de cena, ah...
Que pena, eh, que pena

Vou, vou engarrafar essa dor,
Vou engarrafar a saudade
Vou me embreagar de tristeza
Bendizendo ela vira beleza,
Gentileza gera gentileza....


A herança da escola dos dias desde ave Marias, presságios e preces, ao jeito primeiro e primário de abrir as gavetas
De achar nova nomenclatura, de achar o coelho na lua de reescrever tuas letras,
de se esconder entre linhas
De se apagar entre nós.
Se apagar entre nós, se apagar entre nós
Se apagar, se apagar....

Se apagar...

(O Teatro Mágico)

O Poeta (reformulado)

Posted by Breno Marqs

Em algum lugar escondido vive o Poeta. Solitário como a maioria dos trovadores. Vive no meio do nada, lugar esse, que é de costume ser habitado por milhares de pessoas como ele. Todas as noites caminha ao encontro da lua e das estrelas, tentar encontrar alguns versos perdidos no breu da madrugada. Escreve com os olhos encantados pela luz do luar, vaga-lumes se confundem com as estrelas, numa imensidão de pontos luminosos que lhe surgem durante sua empreitada.

O Poeta brinca com os sonhos, rabisca rimas sobre um papel velho e amarelado pelo tempo. São rimas simples que ele busca dentro do seu peito aberto e costurado. Mas aí vem uma dúvida, quem foi que resolveu abrir-lhe o peito? Vá saber o porquê Deus quis assim... suas poesias são encantadas de pensamentos, lidas pelo anil de seus olhos escurecidos pelas longas olheiras oferecidas pelo relógio.

O trovador de sonhos conta histórias em versos feitos com o mais adocicado sabor da História. Cavaleiros e princesas passam longe... as batalhas declamadas por espectros são travadas aqui mesmo no meio do vazio da penumbra em que vive. Os versos que compõe em seus ouvidos relatam a verdade para o seu ser, procura perceber a soberana cor do universo que ronda ao seu redor.

Agora sei onde o Poeta se esconde... vive no meio de palavras... de rabiscos... dedicados a quem quer que seja! O caminho para encontrá-lo é simples, basta apenas virar as delicadas páginas de um livro ou escutar uma bela canção... O Poeta vive dentro de cada um... afinal, todos somos esse poeta... escrevemos e declamamos a nossa essência...

Vanguarda

Posted by Breno Marqs

Hoje é tempo de guarda
A peste volta a assolar
Hoje a vida se retarda
Na história toma o seu lugar
Brindemos a ignorância
Que até o cego possa enxergar
O passado espelhado
Que não venha me abraçar
Soltemos a nossa voz
Antes mesmo da distância...
Vou pedir ao vento
Entregar uma canção
Feitas pelas mãos calosas
Resguardadas pelo tempo
E do nanquim rabiscado no papel
Voaram-se pelo céu
E ao caírem aos meus pés
Serão apenas palavras...
Fonemas...
Traços e rabiscos...
E lá de volta ao início
Afinal, hoje é tempo de guarda!
A história volta a atacar...

Um poema para Camila

Posted by Breno Marqs

Me diz o que é a saudade
Eu te respondo quem é
Ela tem nome e sobrenome
Tatuagem e apelido...

É real
Você é real
Eu sou real?

De um mundo feito de caras,
Bunda e vícios
Você é o que há de encanto
Mesmo na fumaça do tempo
Você é o que há no meu firmamento

Se canto para ti
É porque fez-se assim
Não cantaria outra canção
Que não fosse a sua
De uma flor bordada na pele
E costurada no meu coração...

Palavras cantadas

Posted by Breno Marqs


Palavras cantadas
Encantadas e aveludadas
Miadas ao vento
Sussurradas ao tempo
Dissipadas ao relento

Num CD ou num chip
Nas cantinas ou nos botecos
São sempre palavras cantadas
Que sondam ao meu ouvido
Que alegram meu instinto

Palavras apalavradas
Rimadas para serem mais apreciadas
Ditas aos mais diferentes seres

Trovas e mais trovas
Que ao som de um alaúde
Musicam essas palavras

Palavras musicadas
Ao doce som de uma flauta
Em notas vão se transformando
E de sopros e fonemas
Vão se construindo
Músicas apaixonadas
Para baladas do coração
Músicas fúnebres
Para a despedida ainda quimera

Palavras melódicas
Que me entregam seus sentimentos
Palavras estratégicas
Que me seduzem com seus sons
Tornam se nada mais que músicas aos meus ouvidos...

O analfabeto político

Posted by Breno Marqs



"O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que, da sua ignorância nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais."
(Bertold Brecht)

VAMOS FICAR DE OLHO NO CENÁRIO POLÍTICO BRASILEIRO... NOS NOSSOS "FIDEPUTADOS" E VITALÍCIOS SENADORES... CORONEIS QUE EXERCEM O MESMO PODER DO INÍCIO DO SÉCULO PASSADO... DEIXEMOS DE TROCAR DENTADURAS POR VOTO... SEREMOS CIDADÃOS... SEREMOS BRASILEIROS...

Tribunal das causas realmente pequenas

Posted by Breno Marqs

Você pensa que faz o que quer
Não faz
E que quer fazer o que faz
Não quer
Tá pensando que Deus vai ajudar
Não vai
E que há males que vêm para o bem
Não vêm
Você acha que ela há de voltar
Não há
E que ao menos alguém vai escapar
Ninguém

Paro pra pensar
Mas não penso mais
De um minuto
Sem pensar em alguém
Que não pára pra pensar em ninguém

Você acha que eu tenho demais?
Roubei
Você acha que eu não sou capaz?
Matei

(Pato Fu)

Aos meus amigos

Posted by Breno Marqs


Aos meus amigos os meus mais sinceros versos...
Aos meus amigos o meu mais profundo universo...
Aos meus amigos o meu presente e passado...
Aos meus amigos o meu coração bem guardado...
Aos meus amigos o mais simples recado...
Aos meus amigos o meu amor mais empolgado...
Aos meus amigos o meu carinho exacerbado...
Aos meus amigos o futuro iluminado...
Aos meus amigos... um dia encantado...
Feliz dia do AMIGO!

Póstumo

Posted by Breno Marqs

Renasço a cada instante
A cada folha que pai
Ou a cada palavra rabiscada no papel
Renasço nos quadros rabiscados a giz

Não existem verdades
Foram todas construídas
O super-herói de ontem
É hoje o corrupto de amanhã

A idéia é pré-formada
Para formar falsas verdades
Mais verdadeiras e compreensivas?

Somos sementes da História
Construídas e difamadas
Não pertencemos a ninguém
Somos do mundo
Somos da História

Quem decide o nosso futuro
É o nosso passado
Não passamos de máquinas do governo
Que do luto apertado nada esperado
É nada mais do que normal...

Posted by Breno Marqs

"O professor é o mais incompreendido entre todos os mamíferos"
(Elisabeth Guerra Parreiras Batispta Pereira)

Posted by Breno Marqs

"Brilha onde estiver
Faz da lágrima o sangue que nos deixa de pé..."
(O Teatro Mágico)

Encomendado pra você

Posted by Breno Marqs

Já estava escrito bem antes de eu saber
Você viria sem ao menos eu perceber
Dona de um olhar tão grande
De um sorriso que me entrego
Já estava pronto e eu nem sabia

Não era tarde... olhando pra você
Meu escuro fica sempre dia
É estar bem perto dos seus abraços
É lembrar dos afagos

Já entendia onde ia chegar
Você passou e eu pude notar
Nos meus caminhos
Você tornou uma estrada

Seu presente tá no meu passado
Seu futuro tá guardado
No meu peito hei de carregar
Teu brilho que também tá no meu olhar

Declaro em pequenos versos
Mais inversos que possam ser
Como um mito criado
Numa canção incerta
Certa de se crer

Num conto que há muito escutei
Divulgado numa caverna
Que um dia direi
Sei que realmente nada sei

Dessa trova tão diversa
Sem pé nem ao menos mão
Formam estrofes de poemas
Pra poder terminar numa canção...

Mas você nem me queira
Esconder essa paixão
Da vida e aluada
Estrelas que se mostram
Como um manto no céu
São na verdade luzes dos seus olhos
Reluzindo o seu encanto...

Existência

Posted by Breno Marqs

Tô com saudade do ontem
Daquela grama molhada que fazia cócegas em meus pés
Tô com saudade daquele seu olhar alegre
Que me inspirava
Pra eu escrever nos meus sonhos
Cada estrela que via nos seus

Tô com saudade do céu há muito no passado
Onde se escondiam os planetas
E que ainda giravam para mim
Só pra mim...

Tô com saudade dos seus versos
Rubros versos
Da voz aveludada e tênue
Que encantava os meus ouvidos

Tô com saudade dos carinhos tortos
Dos apertos escorregadios cheios de emoção
Que para mim era valia mais do que a imensidão

Saudades até mesmo das noites mal dormidas
Da liteira carregada por braços fortes
Descritas nos caros papeis manchados

Tô com saudade do ar fresco
Das palavras cansadas
Do sonho mal dormido
Da alegria que me esperava
Tô com saudade de mim...

Os humanos me assombram (título provisório)

Posted by Breno Marqs

Quase um quasímodo
Uma imagem frágil e torta
Torta tortura...
Com suas palavras de mal grado
E gestos ousados e indiscretos
Vão formando uma teia de intentos

“os humanos me assombram...”

Somos a imagem e semelhança de aparências
O perfeito existe na visão do outro
O humanismo não existe
O humano já não existe mais
O que existe são números e belos rostos fatídicos

Agora é difícil de entender
Que para ver o amanhecer
Não é mais como o de ontem
Que sempre esperava o mais claro
Os dias se tornaram mais escuros

“os humanos me assombram...”

As cores agora estão escondidas
Numa cinzenta aquarela...

“os humanos me assombram...”

O Poeta

Posted by Breno Marqs

Em algum lugar escondido vive o Poeta. Solitário como a maioria dos trovadores. Ele vive no meio do nada, lugar esse, que é de costume ser habitado por milhares de pessoas como ele. Todas as noites vai ao encontro da lua e das estrelas, tentar encontrar alguns versos perdidos no breu da madrugada. Escreve com os olhos encantados pela luz do luar, vaga-lumes se confundem com as estrelas, numa imensidão de pontos luminosos que lhe surgem durante sua empreitada.

O Poeta brinca com os sonhos, rabisca rimas sobre um papel velho e amarelado pelo tempo. São rimas simples que ele busca dentro do seu peito aberto e costurado. Mas aí vem uma dúvida, quem foi que resolveu abrir-lhe o peito e depois costurá-lo? Vá saber o porquê Deus quis assim... suas poesias são encantadas de pensamentos, lidas pelo anil de seus olhos escurecidos pelas longas olheiras oferecidas pelo relógio.

O trovador de sonhos conta histórias em versos feitos com o mais adocicado sabor da História. Cavaleiros e princesas passam longe... as batalhas declamadas por espectros são travadas aqui mesmo no meio do vazio da penumbra em que vive. Os versos que compõe em seus ouvidos relatam a verdade para o seu ser, procura perceber a soberana cor do universo que ronda ao seu redor.
(...)

Desencontros

Posted by Breno Marqs

O que são os desencontros?
São encontros no pensamento?
São valores de uma amizade há tanto esquecida?
Desencontros já falaram, são também despedidas...

Não importa o desencontrar
Mas a verdade o que vale a pena é se encontrar
Encontrar que seja numa melodia doce de um realejo
É querer reaver a vontade de um abraço que se perde no meio infinito

Mas a vida é assim
Cheia de desencontros
A internet que deixa mais próximo
É na verdade uma forma de esquecer que o longe está aqui

Não vejo os olhos pelo desencontro
Não interpreto emoções pela web
Não sinto o calor de braços e abraços
E o gosto de um beijo por uma caixa eletrônica

Afinal? Onde estão hoje os encontros
Porque o que vejo não passam de desencontros
Desamparos amparados pelo ontem
E o que resta é apenas o frio de uma tarde de domingo...

Simplicidade

Posted by Breno Marqs


Vai diminuindo a cidade
Vai aumentando a simpatia
Quanto menor a casinha
Mais sincero o bom dia

Mais mole a cama em que durmo
Mais duro o chão que eu piso
Tem água limpa na pia
Tem dente a mais no sorriso

Busquei felicidade
Encontrei foi Maria
Ela, pinga e farinha
E eu sentindo alegria

Café tá quente no fogo
Barriga não tá vazia
Quanto mais simplicidade
Melhor o nascer do dia...

(Pato Fu)

Desejos...

Posted by Breno Marqs

Do amor quero o mais puro
E o desejo mais intenso
A vontade mais sincera
E o sorriso mais aberto

Quero o choro cheio de saudades
Um amanhecer mais iluminado
Aquela criança cada vez mais inocente
E um sentimento mais fraterno

Quero a música mais cantada
Pela voz mais encantada
Da solidão a mais acompanhada
E a tristeza cada vez mais passageira

Do caminho quero o mais curto
O distante mais alcançado
A utopia mais real
E o interno mais liberto

Quero a verdade mais à prova
O velho ser mais novo
O incerto mais certo
E o intenso mais concreto

Da poesia quero mais sentido
O verso enxergar mais rimas
A escrita mais acentos
E o texto mais contexto

Quero a festa mais seleta
Da vontade mais razão
A vida mais esperança
E o vento mais caminho

Quero o sono mais terno
Para o sonho ser mais justo
A grandeza mais alcance
E o dia mais colorido

Quero o relógio mais minutos
Do segundo quero ser o primeiro
O tempo mais espaço
E o criativo mais palavras...

Quero mais
Só o mais...

Ode

Posted by Breno Marqs

Minha esperança não é esperar
Minha esperança está no caminhar
Então...
Não me prenda aos teus braços
Mas...
Me afague com teus abraços
Porque...
Sou apenas um utopista
Idealista e sonhador
Um anjo de asas quebradas
Enferrujadas pelo tempo
Não estou pronto para me perder
Mas...
Não sei onde encontrar
Talvez num sorriso grande
Ou às vezes num brilho de um olhar
Não me perca em teus apelos
Mas...
Me devolva o par de asas
Para poder planar nesse belo horizonte
Mais uma vez que seja
Ainda um dia voar
Como a borboleta que pousa no jardim
Sem ao menos a porta abrir
Que chega de mansinho
Pronta para perfumar
Então...
Não me procure nos meus versos
Estou muito longe
Procure-me nos pensamentos seus
Procure-me pelas estradas
Porque...
Minha esperança
É esperar pra caminhar

Coisa d'alma

Posted by Breno Marqs

É como um anjo
Não tem asas
Mas é assim que o chamo

Ele me chama de meu bem
Ou seria menina bordada?
Agora isso pouco importa

Porque é nele que confio
É ele quem conhece meus medos mais íntimos
Conhece meus sonhos mais ingênuos

Conhece-me de todas as formas
De mulambenta à chique
De alegre à triste

Ele faz parte da minha composição
Com ele divido canções
Divido emoções

As palavras nunca expressarão
Com nenhuma exatidão
O que sinto

Pois é coisa d’alma

(Presente que ganhei da Camila)

Velha amante

Posted by Breno Marqs

Faço a História
Marco um encontro
Traço um desejo
Meu passado é próximo
É próspero...

Nos becos e ladeiras
Enxergo o suor
Do trabalho forçado
Do manejo esforçado de ontem
Que hoje no presente dormimos

O terno no retrato
É terno no coração
São lembranças que encontramos
Hoje, na palma da mão

Os rabiscos nas paredes
Dizem quem fomos nós
Os bordados nos cadernos
Dirão um dia quem sois vós?

Leio versos amarelos
De um passado furta cor
Possuem cheiro da luta
Cheios de magias e dor

E dos acontecidos causos
Quero mais é noticiar
Argumentar, criticar, vivenciar,
Presenciar

Somos nada mais que o tempo
Que os fios brancos dizem tudo
E os sinais em nossa testa
São hoje esperança do futuro

Assim vejo a História
Assim faço a História
Assim vivo a História
Assim respiro a História...

Somos nada além do que parte de uma
História...

Olha eu

Posted by Breno Marqs

Olha eu aqui
Brincando nos cantos da História
Brincando de contar histórias

Olha eu aqui
Criando pequenos gestos
Olhando com um olho só aberto

Olha eu aqui
Lendo vermes e fumaça
Lembranças cheias de traças

Olha eu aqui
Que não sei mais pra onde vou
Nem ao certo onde estou, mas...

Olha eu aqui
Bem aqui, escrevendo pequenos versos
Tentando ser menos disperso, então...

Olha eu aqui
Na frente de um espelho
Que vejo um desejo de...

Olhar eu assim
Caminhando entre espinhos
Não direi que estou sozinho, porem...

Olha eu aqui
Olha eu assim
Bem assim...

Desabafo

Posted by Breno Marqs

Impunidade
Injustiça
Insegurança
Incapacidade
Intolerância
Insatisfação
Incerteza

Quantos mais “ins” vamos ter que colocar em nossas vidas?

Aprendi há certo tempo que para ser cidadão temos que nos mostrar como um... temos que nos valorizar... temos primeiro que exercer nosso ato de cidadania... Temos que votar. Mas para que adianta o voto se continuamos sem segurança na cidade? Para que dedicamos parte de nossas vidas educando pessoas, ensinando que o melhor caminho é acreditar no homem, é acreditar naquele representante público. E nada faz para melhorar nossa segurança?

Ética, cidadania, educação, respeito, solidariedade, otimismo, utopia. São palavras muito bonitas que ensinamos e aprendemos nas cadeiras das escolas. Mas... diante de situações que nos deparamos com a desvalorização do homem, daquele ser humano... daquele mesmo cidadão que trabalha... daquele que paga contas e continua a viver da impunidade dos outros... como mostraremos ser cidadãos? Como queremos ser cidadãos? Se à nossa margem estão pessoas capazes de se mostrar vorazes a essa massa que ainda acredita que estão sendo ouvidos por nossos representantes.

Diante da História nos deparamos com diversos casos de atrocidades, vivemos hoje num mundo de violência e intolerância, onde mulheres são violentadas a cada minuto, crianças não são vistas mais com os mesmos olhos de inocência e pureza, somos hoje uma geração falida que preza a ignorância e até mesmo um descrédito que adotamos diante de um governo omisso e débil. Tornou-se banal a palavra pedofilia e agressão. Foi-se o tempo em que se falássemos palavrão dentro de casa levávamos uma palmada ou nossos pais lavariam nossas línguas com sabão. Vivenciamos agora uma geração que não visa o conhecimento e a sabedoria, aquele esforço para ganhar os pontos do bimestre são distribuídos em troca de ameaças e atos de vandalismos.

Sempre ouvimos falar que a ocasião faz o ladrão e a ocasião também faz o assaltado. Rouba-se bens materiais, mas também rouba-se o pudor e a dignidade do homem! Não temos o prazer de estar sempre mais bem apresentáveis porque aí nos tornamos um alvo fácil... a seta cai direto em nossas cabeças, letreiros luminosos nos apontam como “hoje você foi o sorteado”... Pois é, nos tornamos os “bacana”. Nos sentimos o pontinho vermelho no meio de muitos pontinhos alvos e negros.

Ser bacana epistemologicamente falando seria uma pessoa legal, inteligente, sociável e educado, uma pessoa boa para se conviver. Entretanto na sociedade de hoje em dia, nos deparamos com seres humanos que de humanos passaram longe. São pessoas que já se consideram uma parte marginalizada da sociedade e fazem por onde continuar no mesmo lugar à margem. Será que eles já ouviram falar de uma coisa que são os “direitos humanos”? Acredito que não, porém, eles estão mais preocupados em saber o que significam as designações “um cinco sete, vinte e dois, um sete um”[1]. Ahhh... eles também não vão entender o que significa a palavra designações!

O conhecimento, para o marginalizado é para formá-lo na escola da vida. O marketing que aprendem não passa de formas de abordagem, (perdeu, perdeu!), o melhor ângulo para tomar a sua mochila, o momento certo para a apresentação e também se preocupam até com a despedida (rala peito truta!). Afinal, a aprimoração leva à perfeição!

Somos vítimas de uma sociedade que está engolindo uma outra sociedade. Hobbes já dizia “o homem é o lobo do homem”. Pois bem, mostramo-nos ainda mais incapazes diante dessa comunidade em que fazemos parte, e somos apenas um entre milhares que já sofreram com toda essa violência. A fereza não é só apenas o ato de te furtar... mas lembrar o tempo inteiro e ainda ter que sonhar com aquelas imagens são ainda piores, pois, aí percebemos que somos torturados por mais tempo ainda.

Diante de situações de violência a sensação que temos é de impotência. Quantos já viram o seu salário ir embora nas mãos de um assaltante, o seu celular que ainda faltam três prestações a serem pagas sendo vendido na esquina ou mesmo trocado um uma “carreirinha” e simplesmente não poder fazer nada?!. Assim, essa impotência se torna cada vez mais abrangente, afinal, se pedirmos o crachá do local do nosso trabalho ou o chip do seu celular para o ladrão – mesmo que seja com toda a educação que você aprendeu a ter – é perigoso você ganhar um bilhete para encontrar o caminho da luz...

Termino esse desabafo com uma frase de um não tão querido escritor meu Paulo Coelho: “O tolo não vê a mesma árvore que o sábio”

[1] Art. 22 - Coação irresistível e obediência hierárquica. Art. 157 – Roubo. Art. 171 – Estelionato. In: Código Penal Brasileiro, 1940.

Luz dos meus olhos

Posted by Breno Marqs

Luz dos meus olhos, meu bem
Eles vão perder em brilho
Vai ficar tudo mais frio
Sem você pra me abraçar

Tocar a vida,
Encontrar saídas
Crescer, evoluir, aprimorar
Agora sem você
Eu sei que vai doer
Mas a gente tem que continuar

É complicado
Mas não tem nada errado
A gente não vai se perder
Ta tudo certo
Chega mais perto
Que eu canto pra você

Não dá pra não chorar
E a memória vai guardar
Se a gente tem que ir
Mas a gente vai entender
Se é assim que tem que ser
Fechar os olhos e sorrir

Fica na memória
A nossa história
Isso não é um fim
Ta tudo certo
Chega mais perto
E canta pra mim

(presente que ganhei da Bella)

Minduim

Posted by Breno Marqs


Minhas imagens não passam de kbites e megabites
São todas digitalizadas...
O mundo é digital
E eu continuo analógico
Que puxa!...

A menina bordada

Posted by Breno Marqs

A minha menina que anda bordada
É a mesma que lê os meus desenhos
Que interpreta pesadelos
Que entende as minhas esfinges

Aquela menina bordada
Canta... grita... dança!
Faz acrobacia com palavras
E é a mesma que eu afago seus cabelos

A menina bordada
É multifacetada
É colorida e preta
Não dá pra saber qual mais me agrada!

Essa menina bordada
Que acha que tenho asas
Mas na verdade ela é que as tem
E em seus braços me guarda no seu denso abraço

Da menina bordada
Você pode saber
Do seu sorriso incandescente
Invade-me sem ao menos eu ver

A menina bordada
Dá vontade de escondê-la só pra mim
Numa redoma transparente
Da cor do mais branco jasmim

A menina bordada
É meio encantada
Deixa-te enfeitiçado
Sem você menos perceber

A menina bordada
Chegou num passo
E virou estrada
Que no meu peito sempre quero percorrer

Essa menina só é bordada
Porque alguém cantou assim
Bem no meu ouvido
No silêncio de uma alvorada

Essa menina bordada
Veio de encomenda
Nas mais antigas cantigas
Nas mais longínquas vidas...

Papo de MSN

Posted by Breno Marqs

Sapiens diz (12:54):
ms o bom d ter irmaos eh sentir protegido... eh ter confiança... eh fzr vaquinha pra pagar o cardápio da semana... eh ganhar carona... eh escutar sempre o q eles tm pra falar msmo q seja d madrugada...
>>>>Rodrigo<<<< diz (12:54):
qdo vc não se sente protegido vc se torna mais forte para lutar
Sapiens diz (12:54):
eh estar junto msmo em quartos separados... eh sonhar que estar brigando com eles e brigar com eles tb... eh escutar os toques q eles nos dao sobre relacionamentos... eh dar toques....
>>>>Rodrigo<<<< diz (12:54):
de madrugada eu durmo, fico na net ou no ps2..
>>>>Rodrigo<<<< diz (12:55):
não sinto falta disso
Sapiens diz (12:55):
eh entender q o outro eh melhor q vc em matemática ms precisa da sua ajuda em portugues... eh sentir a vontad d cantar alguma música junto...
Sapiens diz (12:55):
eh escutar música junto...
Sapiens diz (12:55):acho q irmao eh mais ou mnos isso...

Oração para a vida

Posted by Breno Marqs

"Há manhãs que me trazem o medo
De ter de perto de mim alguém
Quanto aos prantos me vejo sozinho
Que sei que aqui no mundo espero alguém
Alguém que...
... Que me faça esperar pelo agora
Pássaro canta, a flor floresce ao dia
Bem ouvido para quem acorda o céu
Quantos rostos o acaso me traz
O momento relento da minha oração
Horas são
Horas vão
Horas são
Poeta que brinca de pega-pega
Te busco em minha composição
Tua saudade
Que fosse metade minha
Que me encontrasse
Como as horas encontra o dia
Poeta que brinca com a dona esperança
Por que a vida é o coletivo das horas que são pro dia."

(O Teatro Mágico)

Retalhos FU

Posted by Breno Marqs

Eu... sei que tudo vai ficar bem, mesmo que para isso tenha que fazer uma canção pra você viver mais. Simples, como um ruído rosa ao longo nos meus ouvidos... que não me fazem entender – parece que o mundo todo é feito de isopor. E vou deixando tudo para depois, mesmo que eu pense que o melhor é fazer tudo antes que seja tarde. Nesse mundo anormal que muitos perguntam: estudar para quê? Parece que tudo perdeu o tempero, ou até mesmo o tempero possa ter se misturado tornando a vida um pouco mais agridoce.Me explica então a verdade sobre o tempo, que mesmo querendo sempre por perto é somente sobre o tempo que estão todas as discussões dos tortuoso caminhos percorridos, onde há placas e pessoas informando aonde vão (será?)... e isso, não parece nada original!

Versos, rabiscos e uma canção

Posted by Breno Marqs



Imagens difundidas no papel
São os versos aliados com o desejo
Ao som que corta essas ondas
numa marola de infinita grandeza...

Posted by Breno Marqs

"O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

(O Teatro Mágico. O Anjo mais velho)

Andanças...

Posted by Breno Marqs

Quero viver eternamente
Nem que seja nos meus versos
Quero entender o futuro
Mas é preciso rever o pretérito

Quero desenhar meus sentimentos
Mesmo que eles estejam rabiscados
Quero dançar sobre o tempo
Quem sabe um solo valsetado

Quero sentir o cheiro da rosa
Me afastar dos seus espinhos
Buscar intensamente seu olor
Identificar o seu perfume
Fazer dela única
Essencial e invisível

Quero entender os sonhos
Pra prever o amanhã
Quero caminhar pelos meus caminhos
Lento como os meus passos são

Enxergo a minha sombra
Sombreando o meu encanto
Mostrando o meu desejo
De querer sempre chegar...

Olho para trás...
Bem lá pra trás...
Lá eu ainda me vejo
Será que nunca vou chegar?

Continuo caminhando
Aos passos curtos
De um deserto sem chão
Pra onde foi o chão?
Tinha chão?
Quem tirou o chão?

Circuito do pretérito

Posted by Breno Marqs

Perdi no canto da sereia
Perdi num mar de gente
Perdi sabendo onde estou
Perdi no meu olhar

Caminhei por estradas longas
Caminhei por entre meus pés
Caminhei por onde nem imaginava
Caminhei dentro de mim

Voei por entre as nuvens
Voei por entre meus braços
Voei por entre as montanhas e serras
Voei na minha imaginação

Cantei e encantei pessoas
Cantei pra desabafar
Cantei pra te consolar
Cantei... pra me convencer

Sonhei que estava triste
Sonhei que estava perto
Sonhei estrelas e poemas
Sonhei até mesmo essa trova

Me perdi ao caminhar
Voei para cantar
Sonhei que ao me encontrar
Deixei apenas o penar...

Una verba

Posted by Breno Marqs

Nem a distância
Nem mesmo o tempo
Apagam o que está escrito
Palavras são feitas para serem ditas
Escritas... lidas... cantadas... declamadas...
Ditas a pessoas amadas
Ditas a pessoas tristes e desesperadas
Mas essas palavras
São apenas para você
Singelas e simples
Como devem ser...
Bonitas e puras
São palavras que eu preciso
São as palavras que eu busco
São elas que me fazem entender
A verdadeira forma
São as palavras que me trazem alegria
São as palavras que me fazem sonhar
E são através delas que posso mostrar
Do olfato ao paladar
Meus verdadeiros sonhos...
Minhas alegrias e tristezas...
Palavras simples
Palavras singelas...
Algumas soam bonitas nesse dia
Outras nem tanto... apenas saem
São notas musicais rabiscadas num papel
Desenhadas no corpo da pessoa alheia
Cantadas pelo desejo
Sonhadas por insones
As palavras vêm e vão
As palavras se esquecem num branco infinito
E das palavras busco as respostas mais fáceis
Para mostrar tudo o quero e que posso
Palavras são palavras
Simples como devem ser
Palavras são ditas aos montes
Jogadas ao vento
Vento que as levam ao léu
Declamadas num teatro mais do que mágico
E disseminam em páginas de recados
E distraem em folhas velhas de jornais
E que somam nas capas dos discos...
Existem palavras feias
Verdadeiros palavrões
São pesadas como o preconceito do vizinho
(Nunca o seu)
Mas dessas podem acreditar
São palavras doces
Delicadas como a mais “bella” rosa
Porque são nada além de palavras
Ditas ao coração
Sonhadas pelos apaixonados
Recitadas pelos poetas
São dessas palavras que procuro
São essas que hei de encontrar
Palavras maliciosas
Cheias de venenos
É só nos desviar!
Encontre sua palavra...
Encontre seu verbete...
Fale... cante... grite
Pois das palavras escolhidas
São sempre bem ditas
Benditas
Ditas...
Somente palavras
Ou “mais do que palavras”
Dessas palavras faço um texto
Dessas palavras mostro meus sonhos

E nessas palavras me escondo

De...

Posted by Breno Marqs

Das estradas e caminhos
Dos mais tortuosos sonhos
Procuro os mais simples
Para adormecer nos meus pesados idílios

De famílias e amigos
Que são feitos de papel
São todos como estrelas
Que ascendem e cadescem...

De emaranhados de cabelos
Esculturas e feras aparecem
Em devaneios e sossegos
Vou costurando meus retalhos

De cicatrizes mal costuradas
Vejo o vermelho sangue
São apenas alguns troféus
Que os ditos tortuosos caminhos me presenteou...

De seu sorriso que dantes avistados
É como a brisa do mar
No qual o porto seguro
O cais que intensamente busco

Dos devaneios verdadeiros
Vejo passar os janeiros
E eu ainda espero
Nada mais do que vê-los...

Interdisciplinaridade

Posted by Breno Marqs
























Somos negros...
Somos brancos...
Somos amarelos...
Somos vermelhos...
Somos seres...
Somos humanos...
Somos brasileiros...
Apenas somos...

Palavras soltas

Posted by Breno Marqs

Vejo a noite virar o dia
Vejo esse dia cheio de hipocrisia
Vejo a tarde passar lenta
Sonolenta como deve ser

Sinto o cheiro da ironia
Da fortuna mórbida a bater nas portas
Sinto a vontade de voar pra longe de tudo
E poder descalçar meus pés

Pés negros...
Pés ocres...
Pés sujos...
Pés marcados de sol...
Pés doloridos...

São eles que me levam longe
Que caminham para a estrada
Mas são eles que me param no ponto

Ponto de ônibus...
Ponto de equilíbrio...
Ponto de impacto...
Ponto de vista...
Ponto final...

Mas o vento logo me traz de volta
Pra poder buscar a esperança de tudo crescer
Pra poder fazer e dizer
Pra saber cantar e dançar com o vento

E do vento faço um desenho
Que não entendo o possa ser
E do vento faço meu destino
Que sempre vai e volta
Que aparece e se esconde

Minha vida... são como palavras soltas
Que um dia embaralhadas foram...
Que um dia embaralhadas estão...
Quem sabe um dia o vento torna a bater
Quem sabe um dia o vento assobia em meus ouvidos
E quem sabe esses dias um dia hei de entender...

De olhos abertos

Posted by Breno Marqs

De olhos abertos
Não são mais azuis
Não são mais negros
Não são coloridos
São apenas eles

De olhos tão certos
São tão inversos
Estão nos versos
São tão diversos

De olhos fechados
Vendo apenas fachadas
Vivendo de penas e apenas
Sonhando e criando

De olhos famintos
São tão previsíveis
De tintas e notas
De letras e rabiscos

Saudade quando bate

Posted by Breno Marqs

Sabe quando bate aquela saudade?
O chão até parece perder dos pés?!
Então...
É assim mesmo quando te busco
E lá longe te vejo...

Sabe quando a gente escuta aquela música?
Aquela sua preferida?!
Então...
É assim também quando te sinto
Nos meus ouvidos, você fica tão perto...

Sabe quando me vejo naquele espelho?
Aquele que me mostra todas as imperfeições?!
Pois é...
Às vezes lembro que
Só você pode transformá-las...

Sabe do meu coração?
Aquele que bate em seu peito?!
Assim...
Ele continua descompassado à bater
Num ritmo calmo, porém saudoso...

Sonhos acordados

Posted by Breno Marqs

Sabe de uma coisa?
É sempre assim...
Mesmo depois de muito tempo
Eu sei exatamente o que ela me faz...
Continuo a procurar respostas onde nem tem perguntas
Vejo coisas que ninguém vê
É... acho difícil alguém me entender!

O som que escuto agora
São apenas pequenos passos
De quem eu não sei
Não quero saber também
Eles estão muito longe...
Isso eu sei...

Minhas idéias andam a mil
Sou grato por isso
Mas pedir apenas pra poder descansá-las é muito?
Acho que não...
Mas está acabando
Isso eu apenas espero...

“Dorme medo meu”
Ensinaram-me isso um dia desses
Tudo bem que eu fico imaginando e
O medo até que dorme
Mas e eu?

Pensar em campos verdes e floridos
Não me ajudaram também
Fico perdido no meio de tanto mato
E lá sempre encontro todos os 17.859 carneirinhos que contei
Todos perdidos
Ah... tive que contá-los novamente
Imagina só se um tivesse ficado perdido naquele campo verde e florido?
Aí que eu não iria conseguir dormir nunca!
Oh preocupação...

Meu coração palpita
Sinto-o batendo dentro de mim
Isso é bom...
Procuro escutar outra coisa
Além dos passos na rua
Além da minha respiração
Além dos meus pensamentos
Além dos meus medos
Mas o MSN me chamou a atenção
E eu acabei de perder a conta dos carneirinhos...

Insomnia

Posted by Breno Marqs

O escuro já faz parte
Já virou arte
Tem nome e sentimento
Rodeado de ilusões
Pensamentos voam em sua penumbra
Buscando um caminho pro desfecho

Não vejo ao meu redor
Afinal está escuro
Ouço apenas o barulho
A ronquidão do escuro
Ronca alto...
Não soa bem aos ouvidos acesos

Buscar na imensidão do breu
Uma forma de enxergar
A luz no fim do túnel já vai clarear
Falta pouco...
Quase falta vontade
Vontade de correr
Caminhar e cantar
Na imensidão dos sonhos...

Sonhos são apagados na penumbra
Basta apenas não dormir
Basta apenas não pensar
Afinal, pra quê sonhar?